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Número de endividados fica estável em abril na Capital, mas de inadimplentes cai

O período de quarentena, marcado por um fluxo maior de pessoas em casa e pela redução da intenção de consumo, além do fechamento do comércio em geral em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), resultou na estabilidade do número de endividados em Campo Grande, no mês de abril. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas durante o mês de abril foi de 57,2%, praticamente o mesmo valor auferido em março (57,1%).

Já a porcentagem dos inadimplentes, ou seja, daquelas famílias que não terão condições de quitar suas dívidas, caiu 3,1%. Em março eram 11,7% nessas condições e em abril, 8,6%, 9,6 mil a menos. Em números absolutos, são 178.385 famílias endividadas em abril, seja com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros.

O cartão de crédito continua na liderança como principal fonte de dívidas dos campo-grandenses (68,7%), seguido pelos carnês (21,4%), financiamento de casa (15,4%) e financiamento de carro (11,5%).

“Infelizmente é um resultado que não podemos comemorar, devido às circunstâncias do momento que vivemos. Essa redução no indicador de inadimplência se deve, em partes, ao fato das pessoas estarem comprando menos, justamente por terem desenvolvido um comportamento mais cauteloso diante do receio do coronavírus, do desemprego e das expectativas sobre a economia”, afirma a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias.

Daniela Dias afirma ainda que as medidas governamentais, que estão permitindo a renegociação de dívidas, podem ter interferido nesses resultados. “Considerando as extensões de prazo para pagamento, bem como especificamente no caso dos financiamentos, em que as parcelas de abril e maio poderão ser pagas ao final do prazo da dívida, concluímos que as famílias continuariam endividadas, mas não inadimplentes, por pelo menos dois meses”, diz.

Confira a pesquisa na íntegra:

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