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Projeto sobre terceirização continuará sendo analisado pelo Senado, diz Eunicio

O projeto de lei sobre terceirização — PLC 30/2015 — continuará a ser analisado pelo Senado, disse nesta

terça-feira (4/4) o presidente da Casa, Eunício Oliveira, em resposta à questão de ordem do senador Tasso

Jereissati (PSDB-CE). O senador questionou a Mesa sobre a possibilidade de o projeto (PLC 30/2015) ser

declarado prejudicado, já que o presidente da República, Michel Temer, sancionou uma lei que também trata de

terceirização (Lei 13.429/2017).

"Não me parece ser o caso de perda de oportunidade, uma vez que a terceirização é assunto amplo e a lei

sancionada somente regulou uma parcela das relações jurídicas dela advindas", explicou o presidente do

Senado.

Além disso, Eunício afirmou que o projeto aprovado pela Câmara e sancionado por Temer foi analisado pelo

Senado há 15 anos, em 2002. Dado o intervalo longo, ele disse acreditar que a Casa pode querer dar novas

contribuições à legislação sobre o tema.

O presidente do Senado destacou que a decisão é da Mesa, mas que a questão pode ser submetida ao

Plenário se as comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ)

entendam ser necessário. A decisão foi elogiada por senadores de vários partidos.

"Quero louvar a decisão da Mesa porque esse projeto que tramita agora pode complementar a lei, garantindo

alguns mecanismos importantes para os trabalhadores, além de modular a preocupação de transferência de

pessoal de terceirização para pessoa jurídica. Eu considero importante que esse assunto possa ser discutido

nas comissões", disse Romero Jucá (PMDB-RR).

Trabalho temporário

O texto aprovado pela Câmara e sancionado por Temer trata da terceirização e do trabalho temporário. A lei

prevê a possibilidade de as empresas terceirizarem sua atividade principal, sem restrições, inclusive na

administração pública. As empresas de terceirização poderão subcontratar empresas para realizar serviços, e,

em casos de ações trabalhistas, caberá à empresa terceirizada pagar os direitos questionados na justiça, se

houver condenação.

Já o texto do Senado restringe a possibilidade de terceirização às atividades meio — aquelas de suporte, ou

secundárias, como de limpeza ou segurança. O projeto está sendo analisado pela CAE e ainda precisará

passar pela CCJ.

 

Agência Senado

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