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IPF MS simula impactos para o comércio com a liberação de recursos do FGTS

Sabe-se de acordo com informações da Caixa Econômica Federal, que no MS serão liberados aproximadamente R$564 milhões de FGTS de contas inativas, beneficiando 537 mil pessoas. Esse valor liberado corresponde a quase 1% do PIB gerado no Estado. O principal objetivo dessa liberação se volta ao estímulo a pagamento de dívidas e um pequeno impulso a economia.

 

Nesse cenário, admite-se que em Campo Grande, o número de endividados atinge 60,8% da população. Apesar disso, o endividamento não implica, necessariamente na inadimplência, lembra Araújo. “A inadimplência é inferior a 14%, conforme dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Cabe ressaltar, em meio a esse cenário que – diante de um estímulo ao consumo a partir do FGTS, há necessidade de consumo consciente e de cautela, pois a inflação ainda é instável, mesmo tendo ficado dentro da meta em 2016”.

 

Ao considerar esse pequeno índice de inadimplência, há oportunidades em Campo Grande e no restante do MS, para um pequeno estímulo ao comércio. Nesse sentido, simulações foram realizadas pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio MS/IPF-MS, considerando um cenário mais otimista, de modo que caso 10% do recurso total do FGTS liberado, a população gastasse no comércio, poderia haver uma movimentação de R$ 56,4 milhões.

 

“Com base nesse levantamento, em conformidade com o índice de confiança do empresário, intenção de consumo das famílias e gostos e preferências dos consumidores, detectamos que os setores de alimentação, artigos de vestuário e acessórios, bem como alguns segmentos do serviço como construção civil, manutenção e reparo poderão estar entre beneficiados”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio MS, Edison Araújo. 

 

Dica para o empresário – Edison lembra que, na busca pelo equilíbrio econômico, quando ocorre um aumento do consumo, os empresários tendem a aumentar o preço a fim de regularem o mercado. “Na atual conjuntura, aconselhamos que as ações sejam mais estratégicas pois os recursos liberados são momentâneos. É válido lembrar que pode ser um bom momento para incrementar a gestão de seus negócios, reorganizando seus custos e investimentos”.

 

Geração de Emprego – Em um cenário mais otimista, quando há maior demanda por bens e serviços, a oferta precisa se atentar para atender a esse público. Nessas circunstâncias poderia haver mais geração de emprego e consequentemente de renda, tanto diretamente, quanto indiretamente, que não devem ultrapassar um aumento de 2,82% no Estado. Dentre os principais setores nessa geração de emprego e renda indiretamente pelo comércio estão: minerais não-metálicos; jornais, discos e revistas; produtos de madeira. Diretamente: serviços prestados as empresas; serviços de alojamento e alimentação; construção civil. A liberação do FGTS é momentânea e consequentemente pode gerar empregos temporariamente. Há necessidade então, de aproveitar essas oportunidades e lançar estratégias de longo prazo para a sobrevivência dos negócios e garantir os empregos gerados.

 

Obs.: Essas informações foram calculadas, a partir da Matriz insumo-produto de Mato Grosso do Sul (FAGUNDES et al, 2012), apesar das informações serem do ano de 2010 (tirando o peso da inflação – FGV/2016), de acordo com Leontief (1983), a estrutura produtiva começa a se alterar efetivamente a partir de cinco anos. As simulações de impactos se basearam nos procedimentos de Miller e Blair (2009).

 

Mais infos. sobre contas inativas do FGTS:

https://www.contasinativas.caixa.gov.br/pages/inter/home.html

 

Tire suas dúvidas:

http://www.caixa.gov.br/beneficios-trabalhador/fgts/contas-inativas/perguntas-frequentes/Paginas/default.aspx

 

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