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Empresários de MS reúnem-se com BB e pedem flexibilização e desburocratização no acesso ao FCO

nstituição pode devolver R$ 574 milhões de reais

Lideranças do setor produtivo de MS, juntamente com empresários, participaram ontem de um encontro com o novo superintendente do Banco do Brasil Glaucio Zanettin, em Campo Grande. O objetivo foi tratar sobre os recursos ainda disponíveis do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), a apresentação das linhas de capital de giro disponíveis pelo Banco do Brasil e as alterações dos procedimentos para a contratação do Fundo em 2017.  

Segundo o BB, o valor destinado para MS este ano foi de R$ 1,36 bi e ainda estão disponíveis R$ 574 milhões. O presidente do Sistema Fecomércio-MS, Edison Araújo, destacou que as empresas do setor terciário, apesar de serem as maiores geradoras de empregado no Estado enfrentam dificuldades de acesso ao crédito. “Aproveito para pedir um olhar mais atento as questões como flexibilização na liberação desses recursos, bem como desburocratização no processo, que são os maiores entraves no acesso a esse crédito.” Edison Araújo também reclamou da vinculação com a compra de outros produtos, exigência que alguns gerentes fazem aos empresários.
 

Gláucio ressaltou que “quando o travamento do processo for por outro motivo que não o de risco de crédito por causa do tamanho do empréstimo, tudo o que puder ser feito para facilitar o acesso, será feito. É para isso que estamos estabelecendo esse canal com vocês.” O superintendente lembrou que nos últimos dias, o ritmo de oferta de crédito aumento em até 30% em relação ao que vinha ocorrendo. “Está sendo feito um esforço coletivo para aportar esses recursos aos empresários”. Quanto a oferta de produtos, Gláucio afirma que a prática é vedada pelo código de ética do BB. “Não é uma prática em MS, se há isso de forma pontual, nós vamos apurar e tomar as medidas cabíveis. Boa parte dos bens financiados no FCO exigem a contratação de seguros. Nós temos um portfólio de seguros. Nosso papel é oferecer. O que não pode é ter o condicionante”.
 
O presidente da Famasul Maurício Saito destacou a importância de se estabelecer um ambiente favorável para o agronegócio, setor que tem nível de inadimplência em torno de 1%. “O produtor rural precisa empreender para gerar renda. Esse indicador nos favorece perante ao BB e queremos que a instituição facilite o acesso a esse crédito”
 
A redução da burocracia também foi defendida pelo presidente da Faems, Alfredo Zamlutti, que também lembrou da importância dos empresários receberem uma consultoria adequada, com projetos bem elaborados para ter a aprovação.  “Está claro que o recurso está disponível, mas precisamos ter também algumas garantias no cenário político e econômico, que nos favoreça e dê segurança financeira para empreender”
 
Termo de Parceria – O presidente da Fiems, Sérgio Longen aproveitou a presença de todos as lideranças para assinarem um Termo de Cooperação com o BB a fim de acelerar a liberação dos recursos do FCO ainda disponíveis para este ano, que são de R$ 574 milhões. Pelo acordo, os R$ 574 milhões deverão ser integralmente devolvidos ao Estado em 2017 caso não sejam integralmente aplicados ainda este ano. “Este documento é o resultado do esforço dos representantes do setor produtivo aliado à nova forma de gestão que o superintendente do Banco do Brasil quer adotar”. Ele afirmou que a expectativa é que destravem a liberação desses recursos do FCO. “Há necessidade de desburocratizar o processo de análise dos projetos, um dos motivos para esse montante ainda não ter sido aplicado. “Entendemos que a crise traz preocupações com investimentos, mas há também um excesso de burocracia do FCO. Nós precisamos criar regras mais fáceis, mais claras, para que os empresários consigam utilizar esses recursos e haja, de fato, celeridade na aprovação e liberação dos recursos para execução dos mesmos”, disse.

 

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