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A inteligência operacional como aliada do varejo em tempos de crise

Da época dos armazéns de bairro à era das vendas por e-commerce e aplicativos mobiles, os varejistas sempre tiveram o desafio de acompanhar o perfil do consumidor e aprimorar seu sistema de gestão para se destacarem perante a concorrência. Ao longo dos anos, a tecnologia tem sido uma das grandes aliadas no crescimento deste segmento, seja no processo de automatização da frente de caixa ou no controle de estoque, por exemplo. 

No Brasil, o setor varejista tem enfrentado desafios para continuar inovando em períodos de crise, mas temos bons indicadores quando falamos em transformação digital. Segundo o estudo “The Current State of Digital Readiness in Retail”, realizado pela Cisco, 67% das empresas brasileiras de varejo estão investindo em novas tecnologias ou serviços para acompanhar as transformações digitais. 

Parte da transformação digital consiste em tecnologias que possam garantir inteligência operacional e, em tempos de BigData, além do investimento em modernização de data centers, centros de distribuição e lojas conectadas, é cada vez mais estratégico investir em tecnologias que possam auxiliar as empresas com indicadores sobre o andamento das operações de ponta a ponta e, assim, guiar as tomadas de decisão. 

Neste contexto, um desafio comum ao varejo consiste em conseguir visualizar todas as etapas do negócio, para que os pedidos realizados pelos diversos canais da empresa sejam atendidos sem problemas, como falta de produtos. Para garantir visibilidade e vencer este desafio, o varejo pode investir em análise preditiva, com monitoramento de dados, processos e ciclos. Desta forma, sempre que alguma situação que possa afetar um dos processos for detectada, um alerta é emitido e, assim, é possível analisar o impacto financeiro dos possíveis desvios e gargalos antes que o problema se expanda. 

Como exemplo, podemos citar a análise da qualidade dos pedidos, que pode ocasionar enormes perdas à indústria e ao varejo por gôndolas vazias ou produtos em quantidade ou em tipo incorreto. Neste cenário, a inteligência operacional não só valida estruturalmente um pedido, como também permite, por exemplo, validar se a quantidade está em acordo com o retorno de um pedido, com a nota fiscal e com o aviso de embarque. Em cada etapa e fluxo de troca de transações entre varejo e indústria há uma análise indicando erros e tentando prever situações de forma proativa, a fim de evitar penalidades, tanto para o varejo quanto para a indústria.

Um varejista com uma rede grande de lojas tem em suas mãos uma valiosa base de dados que, quando submetida a um trabalho de análise, permite o aproveitamento de informações geradas pelo consumidor durante as interações para melhorar os serviços e se antecipar a possíveis problemas, bem como às tendências – fatores estratégicos para sustentação e  crescimento dos negócios, principalmente em tempos de crise.

*Júlio Fernandes é evangelista digital da Axway

 

 

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