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2017 pode ser o ano do pequeno comércio

 

O ano de 2017 mal começou e economicamente já está dando o que falar. Os mais otimistas afirmam que o ano será melhor; porém, lento. O pequeno comerciante pode passar por grandes problemas se não souber se aproveitar de seu “poder” de decisão, oferta e procura.

Conversamos com Leonídio de Oliveira Filho, empresário e criador do site Dica de Preço, sobre como o pequeno lojista pode aproveitar o momento de instabilidade para transformar seus produtos em vendas reais e se afastar de vez da crise no País.

As perspectivas do mercado para 2017 são de que as coisas melhorem um pouco, porém muito lentamente. Como o pequeno lojista pode atravessar este momento sem viver com as contas apertadas?

Realmente será bem lento. Para que ele sobreviva terá que otimizar, o que não quer dizer somente “cortar” ao pé da letra, e sim cortar com inteligência e também fazer melhor por menos. Como bom equilibrista foque nos seguintes pontos: Custos, Produto, Marketing. No caso de Produto, o seu consumidor só está comprando o necessário e/ou barato, então identifique (em seus produtos de estoque) quais pertencem a esse grupo, e o que não pertencer é melhor transformar em ofertas para atrair e não repor novamente. Quanto ao Marketing, use tudo o que for de graça para promover sua loja ou suas ofertas, sendo que a internet é a melhor ferramenta.

Quais são os maiores erros que o lojista comete com o uso da internet?

O lojista tradicional está acostumado a esconder seus preços e, às vezes, o temor pelo concorrente ter informações é tão grande que ele nem divulga certos produtos. Os tempos mudaram, o consumidor precisa ganhar tempo e está procurando se informar ao máximo antes de entrar em uma loja. Portanto, se o lojista não fizer parte dessas informações disponíveis na internet, continuará a perder clientes. Então use a internet como ferramenta de divulgação e vá além do que todos fazem – procure criar conteúdo.

Como a internet influencia nos negócios? E como ela pode fortalecer a sua marca no mercado?

Hoje a internet tem um poder tão grande quanto da televisão. Veja pelos YouTubers, que até ontem eram pessoas desconhecidas e hoje têm milhões e milhões de pessoas seguindo. Por que a sua marca não poderia estar também sendo seguida pelos internautas? Quanto vale uma marca com milhões de pessoas como seguidoras? Então use e divulgue.

Existem inúmeros pormenores que o pequeno lojista não conhece quando se fala de sites e buscadores de preço. Como saber que não estará entrando em uma “furada”? Afinal, as grandes redes varejistas são as primeiras no topo das buscas.

Jogar fora a possibilidade de uma venda é, sim, uma furada. O lojista deve abraçar todas as formas de divulgar seus produtos ou marca. Claro que se houver custo, este deve ser avaliado; mas caso contrário, siga em frente. Participe de comparadores que não cobrem por clique, fuja de lutas em que o poder econômico fala mais alto. Lembre-se: o consumidor escolherá o que é mais barato e/ou conveniente para ele.

A questão do preço não é somente atrativa para o consumidor, mas também a localidade onde se encontra o produto. Você acredita que o consumidor já está ciente desta vantagem? O pequeno lojista consegue observar as vantagens deste mesmo ponto?

Boa parte dos consumidores já processa essas informações. O engraçado é que o lojista ainda não sabe como usar isso a seu favor. Parece difícil para ele imaginar que a internet, algo que é virtual, e que é habitat do seu pior vilão (o e-commerce), pode ajudá-lo no mundo real. Um comparador, por exemplo, trabalha bem com o mundo real e virtual porque acredita que ambos têm seus valores. Você andaria com seu carro por quilômetros só para ir a um shopping, grande magazine, ou esperaria dez dias para resolver a compra de uma pilha para seu mouse?

Qual é a melhor maneira se de investir, pouco e bem, na internet?

Mídias sociais, comparadores gratuitos, blogs, vlogs. Procure primeiro tudo o que é de graça e observe os resultados. Ajuste sua estratégia e, quando estiver obtendo algo, potencialize investindo em ferramentas pagas.

Diante do momento de crise, muitos podem fechar suas portas. Porém, este não seria o momento de arriscar mais e se fortalecer na região?

Este é o momento de agradecer sua região e seus clientes, e fidelizá-los. Tente entendê-los. Dê a eles o que as grandes empresas não podem dar. E não se esqueça que a internet é uma ferramenta para todos; portanto, um lugar muito justo para concorrer com os grandes. A maioria das grandes empresas não enxerga o que você pode ver nelas, pois existem muitas pessoas envolvidas nesse processo, entre o real comprometido com o negócio e seus clientes.

 
 

 

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